Após uma ação de grande repercussão – intitulada “Vizinho Consciente” - que sensibilizou, em 2023, os natalenses para a empatia com as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus familiares nos elevadores de condomínios residenciais e comerciais, surge agora em 2024, outra mobilização com o mesmo intuito: de combater o preconceito e conscientizar a sociedade sobre a inclusão. Diante disso, aconteceu uma reunião na manhã desta quarta-feira, 17, com a titular da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (STTU), Daliana Bandeira, para construir uma grande campanha de conscientização nos transportes coletivos de Natal.
“Nosso Mandato Cidadão, ao lado do Instituto Le Blue, Mães Corujas e Coletivo de Pais Atípicos do RN está empreendendo mais uma iniciativa para fortalecer a bandeira autista na nossa cidade. Recentemente, também tivemos uma reunião muito positiva com Augusto Maranhão, representante do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn), que aprovou a ideia e vai colaborar no diálogo com os demais empresários do setor”, destaca o vereador Dickson Júnior, que é pai atípico e membro da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
O objetivo, explica o idealizador, é educar a sociedade para evitar, também nesses importantes espaços de convívio coletivo, os constrangimentos e crimes que acontecem contra famílias atípicas. “Temos algumas ações, como a ‘Sala de Acolhimento’, em que ouvimos as famílias atípicas sobre suas demandas e uma reclamação que chama muita atenção, é com relação às crises sensoriais de crianças e adolescentes autistas, que não são compreendidas, e isso se revela muito cruel dentro dos transportes coletivos. Um dos relatos de uma moradora da zona Norte é angustiante. Sua neta foi xingada durante uma crise a caminho do tratamento e precisou descer do ônibus. É humilhante e revoltante essa situação”, lamenta o vereador.
CAMPANHAS
Na campanha nos elevadores, que contou com a importante parceria de com administradoras de condomínios e síndicos, foi divulgado o cartaz: “Não é birra. É crise sensorial!” justamente porque famílias atípicas denunciavam que tinham que mudar de residência por não serem aceitos pelas comunidades, sofrendo constrangimento e agressões verbal e física. Agora, a campanha chega com uma mensagem mais enfática sobre o crime de preconceito e suas penalidades.
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