Natal tem trabalho reforçado na prevenção e contenção da dengue

 






O Brasil está mais uma vez em guerra contra as arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos, sobretudo as mais prevalentes no território nacional, que são dengue, Zika e Chikungunya, cujo vetor é o mosquito Aedes aegypti. Para combater, prevenir e conscientizar a população a respeito dessas moléstias, a Prefeitura de Natal tem empreendido uma série de ações coletivas.

 

De acordo com números do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), até o início desta semana, mais de 700 casos de arboviroses foram notificados em Natal. A dengue prevalece com 92% das incidências. O Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ) registra os bairros de Pajuçara, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação, Igapó, Felipe Camarão, Nazaré, Rocas e Santos Reis como as áreas da cidade mais afetadas.

 

“Não podemos fechar nossos olhos para a realidade das arboviroses. É um problema que exige a completa participação de todos e a união de esforços entre os poderes públicos e a sociedade. A nossa gestão não tem economizado esforços e ações para proteger a população”, afirma o prefeito Álvaro Dias. Ele determinou a integração das equipes da Prefeitura para evitar a proliferação de casos, conscientizar a população a respeito do tema, e oferecer o melhor atendimento de saúde nas unidades do Município. Assim como fizemos durante a pandemia do coronavírus, queremos fazer um trabalho destacado no combate, prevenção e tratamento às arboviroses”.

 

Dentre as ações executadas pela gestão municipal para conter a alta da dengue, está a instituição da Câmara Técnica formada por representantes de todos os órgãos do Município, que se reúne periodicamente para discutir o quadro epidemiológico e deliberar sobre as ações. A Prefeitura também já iniciou a campanha de vacinação desta primeira etapa, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde.

 

Também estão sendo veiculadas campanhas publicitárias nos perfis oficiais da Prefeitura, com informações que lembram a participação de toda a população para eliminar pontos com água parada, locais onde o inseto deposita suas larvas para se reproduzir.

 

Além disso, as equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) executam o trabalho permanente nas comunidades. Até o momento, os agentes de endemia visitaram mais de 30 mil domicílios. Uma situação alarmante foi detectada nessa ação: “Do universo de imóveis visitados, em 70% deles foram encontrados focos de proliferação dos mosquitos. Encontramos 35 mil depósitos como pneus, garrafas e locais com água parada. Todo mundo sabe que é ali onde Aedes aegypti encontra o ambiente ideal para se reproduzir. É fundamental que a população contribua”, destaca o Chefe do Centro de Controle de Zoonoses de Natal, Jan Pierre Araújo.

 

Além das visitas, os agentes fazem bloqueios químicos das áreas de maior incidência, com carro fumacê. Também há um trabalho em conjunto com a Urbana e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para a coleta de pneus.

 

Outra iniciativa dentro do planejamento da gestão, é o programa de distribuição de repelentes para gestantes. Ao todo, já foram distribuídos 2.800 repelentes nas unidades de saúde de Natal, levando em consideração a média de pré-natais realizados. Até pelos riscos que as arboviroses geram, podendo acarretar em complicações neurológicas como microcefalia nas crianças.

 

Trabalho modelo

Natal em ação referenciada em todo o Brasil, com a utilização da tecnologia das ovitrampas, armadilhas que ajudam no monitoramento e controle dos mosquitos que podem causar arboviroses. A técnica é utilizada desde 2015 na cidade, e a partir do ano passado foi adotada como referência para o Programa Nacional de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde e levado a outras partes do país.

 

O chefe do Controle de Zoonoses de Natal reforça o apelo para a população se engajar nessa luta junto ao poder público: “São ações constantes e permanentes, mas que vão funcionar pouco se não houver uma colaboração efetiva da sociedade. Nossos agentes estão encontrando dificuldade para acessar os imóveis, bem como as pessoas estão relaxando com os cuidados em suas residências. Após as chuvas, é fundamental que a gente inspecione nossas casas para identificar possíveis locais de água parada. Isso ajuda bastante”, conta Jan Pierre. 

 

Para denunciar possíveis áreas com focos de arboviroses, o cidadão pode acessar o aplicativo Natal digital, ou se preferir pode entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ-Natal) pelo telefone/whatsapp: 3232-8235 ou através do perfil no instagram: @zoonosesdenatal .


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