Sindibuggy-RN espera maior fiscalização para coibir direção perigosa de veículos

 




Recentemente, um vídeo mostrando um buggy percorrendo a faixa de areia na Praia de Graçandu, Litoral do Rio Grande do Norte, viralizou nas redes sociais. O caso fez com que potiguares questionassem a ação dos bugueiros durante o verão, devido aos riscos de acidentes envolvendo banhistas. A expectativa é de uma maior fiscalização neste período, principalmente com a Operação Verão, deflagrada por órgãos da segurança pública estadual. Atualmente, em média 420 veículos circulam nas Dunas de Genipabu, em Extremoz, conforme aponta o Sindicato dos Bugueiros Profissionais do RN (Sindibuggy-RN).

Questionada pela reportagem do AGORA RN sobre como anda a fiscalização da circulação de bugueiros e demais veículos nas praias, a Polícia Militar informou que “atua junto aos demais órgãos do estado e municípios (DER, DETRAN e Prefeituras) na fiscalização das infrações de trânsito. No que tange as denúncias, elas devem ser canalizadas para o 190, para que sejam fiscalizadas. Os dados referentes às denúncias são geridos pela COINE [Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais]”, disse comunicado emitido pela assessoria de imprensa.

O presidente do Sindibuggy-RN, Hertz de Medeiros, pede uma maior fiscalização e apoio da população em relação aos profissionais da área que possam vir a cometer infrações. Porém, também questiona o movimento de outros veículos nas orlas durante o verão. Por isso, exige mais atuação do poder público para coibir irregularidades.

“A gente pede, encarecidamente, que venha a fiscalização, porque eu quero que tenha multa para bugueiros que também estão fazendo coisa errada”, disse. De acordo com o presidente, todos os dias são enviadas notificações ao Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) sobre possíveis situações irregulares. “Porque se acontece alguma coisa com um veranista, por um buggy estar trafegando em um local errado, quem vai sofrer a consequência é a categoria toda, não é aquele bugueiro. Aquele bugueiro sofre as sanções penais contra ele que vai ter. Mas a categoria como um todo fica com imagem ruim”, completa.

“Se o veranista estiver em um trecho de praia que não é permitido passar o buggy turismo, ele anota a placa do carro, na lateral do carro tem uma numeração, são três números, tá certo?! Tem lá, permissão, Setur e o número. Ele pega esse número de permissão, liga para Setur e dá o número de permissão. E a placa do carro ele dá para o CPRE, liga para o 190, fazer a autuação”, disse.

Ainda conforme Hertz, a categoria não defende que os bugueiros trafeguem em praias proibidas. “Nós somos profissionais, já sabemos há mil anos o que não pode. Isso faz parte de uma portaria de 711 de 2007. De 2007 para cá a gente sabe essas regras. Mas infelizmente tem maus profissionais que insistem”, conta.

A medida citada fala sobre o período da alta estação, onde todo e qualquer veículo não pode circular em praias como Via Costeira, Ponta Negra, Pirangi do Norte e do Sul, Búzios, Tabatinga, Tibau do Sul e Pipa. Em caso de descumprimento, o motorista é autuado com base no artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com perda de quatro pontos na CNH e multa no valor de R$ 130,16, podendo o veículo ser apreendido, se o condutor não respeite a determinação do agente de retirada do automóvel da área proibida de circulação.

Buggy flagrado em faixa de areia na Praia de Graçandu

Em relação ao caso do buggy flagrado trafegando pela faixa de areia na Praia de Graçandu, em Extremoz, Hertz alega ter sido um caso isolado. “Nós estamos aqui com, em média, 420 carros rodando todo dia. Se a gente tivesse descumprindo [as normas de trânsito na faixa de areia], ninguém estaria nem nas praias de tanto buggy”, conta.

“Agora, a Prefeitura de Extremoz não faz a parte dela de botar fiscalização. Eu já pedi mil vezes”, fala. Hertz aponta que uma fiscalização e autuação geraria recursos para o município. Segundo ele, a faixa de areia da região é municipalizada. Portanto, qualquer ação é de responsabilidade do órgão. O presidente ainda aponta como possível solução uma parceria com o CPRE.

AGORA RN entrou em contato com a Prefeitura de Extremoz para falar sobre o assunto, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Fonte: AGORA RN

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