A fabricação dos blocos que serão utilizados na obra de enroncamento e
proteção costeira da praia de Ponta Negra, um dos principais projetos
que a Prefeitura de Natal está executando na cidade, iniciou nova fase e
está em ritmo acelerado. As equipes da linha de produção das estruturas
trabalham diariamente na montagem e armazenamento do material. De
acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), serão
instalados em cada um dos nove trechos do enrocamento entre 800 a
900 blocos de concreto. Ao longo de toda a extensão da obra, que vai
abranger dois quilômetros, serão instalados cerca de 19 mil blocos.
Os blocos são de concreto de 20 Mpa (Mega Pascal), unidade referência
para aferir a resistência do material. Cada estrutura pesa em média 2,5
toneladas, com o tamanho de 1,6m por 80 cm de tamanho e possui
1,025 m³ de volume. Além da proteção costeira, o projeto prevê a
construção de sete escadas e quatro rampas de acesso à praia. Nessa
etapa do enrocamento, serão investidos R$ 23,5 milhões.
“Estamos em um momento fundamental dessa obra. Executar a
proteção costeira da orla de Ponta Negra é o pontapé inicial para o
projeto macro da engorda. Ao longo dos anos, a força da maré vem
provocando a destruição do calçadão e essa tecnologia de instalação de
blocos é muito eficaz e vai oferece uma vida útil bem maior do que as
outras opções existentes”, aponta o prefeito Álvaro Dias.
Álvaro antecipa que ainda neste mês de fevereiro a Prefeitura vai
receber os projetos executivos do serviço de engorda da praia. “Essa
intervenção será emblemática. Vamos deixar a faixa de areia com 50
metros na maré cheia e 100 metros na maré seca. Isso vai potencializar
o turismo local, gerar emprego, renda e divisas para o Município. O
bairro de Ponta Negra é responsável por 90% dos leitos turísticos da
capital potiguar e viverá uma era de desenvolvimento e progresso
depois da conclusão do projeto”, projeta ele.
Além do aspecto econômico, a obra carrega uma grande preocupação
ambiental. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e
Urbanismo, Thiago Mesquita, a erosão costeira em Ponta Negra,
inclusive, ameaça o Morro do Careca, cartão postal do RN e Zona de
Proteção Ambiental (ZPA) de Natal. “Estamos promovendo
desenvolvimento econômico e equilíbrio ambiental”, afirma.
O estudo técnico contratado pela Prefeitura de Natal e que servirá de
base para a elaboração do projeto executivo prevê que a engorda será
feita a partir de uma jazida de areia submersa trazida de uma área de
mar, na altura do Farol de Mãe Luiza, que tem o material adequado -
diâmetro médio superior (areia média a grossa). A quantidade de areia
da jazida e a proximidade do local são adequados para uso de uma draga
de sucção.
Aos poucos, esse material será depositado em trechos de 200m em
200m de praia, que, durante esse trabalho, ficará, nesses pontos,
interditada, garantindo que as demais áreas não sejam afetadas e o uso
geral da praia não seja prejudicado no período de nove meses previstos
para conclusão dos serviços. Após o transporte de areia, será necessária
uma terraplanagem com espalhamento, compactação e nivelamento do
aterro por meio de tratores.
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