As famílias do bairro de Mãe Luíza que perderam suas casas em virtude
do desastre ocorrido na rua Guanabara, em 2014, quando várias casas
desabaram com a força das chuvas que atingiram Natal naquele período,
estão próximas de poder ter novamente uma moradia própria. O
prefeito Álvaro Dias assinou nesta quarta-feira (27) a ordem de serviço
para o início das obras do Residencial Mãe Luíza, que será erguido no
final da rua João XXIII, no próprio bairro. Ao todo, serão 29 unidades
habitacionais de interesse social, beneficiando todos os afetados pela
tragédia. A gestão municipal vai investir R$ 4,5 milhões em recursos
próprios. O cronograma prevê a execução da obra em 12 meses.
“Essa era uma grande prioridade da nossa gestão. O nosso planejamento
foi afetado pela pandemia, e também enfrentamos as dificuldades
financeiras para viabilizar o projeto. Felizmente, com muito esforço e
zelo pelos recursos públicos, estamos garantindo com dinheiro do
próprio Tesouro Municipal a execução dessa obra que tem uma
importância social enorme”, relatou o prefeito Álvaro Dias, durante a
solenidade em que deu a ordem de serviço.
As unidades habitacionais terão 49,89m² e contarão com dois quartos,
sala, banheiro, cozinha e acessibilidade para pessoas com deficiência.
Além disso, o residencial Mãe Luíza será entregue com toda a estrutura
de área comum, academia da terceira idade e diversos outros
equipamentos de lazer, esporte e convivência.
“Esse é um avanço muito significativo. Estamos concretizando um sonho
para todas essas famílias. Elas terão à disposição uma habitação digna,
bem estruturada, com equipamentos de alta qualidade para seguirem
com suas vidas. Infelizmente, a pandemia impossibilitou que a gestão
municipal implementasse essa medida há mais tempo, mas agora vamos
agilizar todos os procedimentos para que logo, logo os moradores
recebam as chaves dos seus imóveis”, disse a secretária municipal de
Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes, Shirley
Cavalcanti.
Alguns dos futuros beneficiados com a obra estiveram presentes na
Prefeitura. Marcos Barbosa Correia, representante dos moradores,
agradeceu à Prefeitura por tirar o projeto do papel. “Quero agradecer
em nome de todos. Ficamos numa situação muito difícil naquele período
e agora todos passamos a ter esperança de viver melhor com nossas
famílias”, disse ele.
Déficit habitacional
Pesquisa recente apontou o déficit habitacional como um dos graves
problemas urbanos do Brasil. Diante disso, por determinação do prefeito
Álvaro Dias, Natal passou a investir forte em programas de habitação
popular. Somente no Complexo Habitacional Village de Prata, no
Planalto, Zona Oeste da capital potiguar foram construídos oito blocos
de apartamentos, com 1.792 unidades, numa parceria com o Governo
Federal, investindo cerca de R$ 110 milhões.
A obra permitiu morada digna aos cidadãos de assentamentos como
Camboim (Bom Pastor), antigos moradores das favelas do Fio e Alemão,
ocupantes da área de risco da Chesf (Bom Pastor), Assentamento 8 de
março (Planalto) e famílias que ocupavam o terreno da Estação de
Tratamento de Esgotos (ETE), no Guarapes. Ainda foram beneficiadas
pessoas do Maruim, Jacó e área na ZPA-4 (Guarapes).
A Prefeitura também regularizou uma série de propriedades na cidade.
De 2018 até este ano, foram entregues cerca de 5.000 títulos de
propriedades de imóveis a população de bairros como Passo da Pátria,
Nossa Senhora da Apresentação, Conjunto Pirangi, Comunidade da
África, Guarapes, Planalto, Leningrado, Comunidade Aliança e Alto da
Torre.
Em breve, numa parceria com o Ministério do Desenvolvimento
Regional, serão realizadas melhorias habitacionais para 2.763 imóveis,
nos bairros de Felipe Camarão, Nossa Senhora da Apresentação e
Pajuçara, além de permitir a regularização fundiária nesses locais,
através do Programa Casa Verde e Amarela.
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