Vereadora denuncia: "Falta até gaze para fazer curativo."

 



Após um pronunciamento de denúncias do vereador Gabriel com relação à saúde pública de Parnamirim, a vereadora Fativan Alves fez um aparte de revolta e indignação, na sessão plenária dessa segunda-feira (25). A parlamentar iniciou suas palavras desabafando: “Realmente, vereador Gabriel, a situação do nosso município é crítica. A saúde encontra-se na UTI e faz muito tempo”. 

Para Fativan, o sentimento dos parnamirinenses como um todo é de angústia e de impotência por não conseguir resolver problemas de saúde com familiares e pessoas próximas, como o caso relatado pelo vereador de uma pessoa que precisava de uma ambulância, de um socorro pra ir a outro hospital e não conseguia. “Quer dizer, naquele momento era salvar uma vida. E, infelizmente, por incompetência dessa gestão, não se tem uma ambulância no município de Parnamirim para fazer uma transferência. É muito triste, vereador Gabriel. É revoltante”, esbravejou. 

E a vereadora continuou. Segundo ela, há recursos no município, como constatou um de seus secretários em audiência na Câmara de Parnamirim, que confirmou que de um ano para o outro a cidade foi superavitária. “E esse ano ainda vai ser muito mais. E, diante disso, não temos uma ambulância pra fazer o serviço. Sabemos também que existem emendas destinadas para compra de ambulâncias. Temos R$ 100 mil do deputado Ubaldo e mais R$ 100 mil do deputado Kelps. E cadê? O dinheiro (do governo do estado) foi depositado. Mas falta querer fazer e agilidade, porque eles não precisam e não pensam em quem precisa”, criticou. 

Por fim, Fativan Alves reiterou que a população está sofrendo e morrendo, porque precisa dos serviços de saúde e não tem. “Se não fosse o Samu chegar, poderia ter acontecido uma morte ali. Graças a Deus chegou e resolveu. Mas e se demorasse mais? O que poderia acontecer?”, questionou, relatando ainda sobre problemas nas UBSs, CEO e cirurgias eletivas. 

“Se a saúde tá na UTI, imagina a situação das unidades. Falta até gaze pra fazer curativo, como encontrei no Primavera, que não tinha esse produto há três meses. O paciente de Parnamirim só tem o serviço, se sair da UBS pra comprar na farmácia. Sem contar a situação de unidades, como a de Cidade Verde e Suzete Cavalcanti que não possuem profissionais pra entregar remédios”. Já com relação a cirurgias eletivas, Fativan pergunta quantos homens e mulheres estão à espera dos procedimentos no município. No mandato passado, frisou, o Ministério Público obrigou o gestor a fazer os procedimentos.

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