O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi indiciado pela operação Lava Jato da Polícia
Federal, nesta quinta-feira (16), pela suspeita de três crimes: lavagem de
dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva.
O indiciamento aconteceu no inquérito da Lava
Jato que investigava, no âmbito eleitoral, as doações da empreiteira Odebrecht.
Diretores da empresa disseram ter repassado mais de R$ 10 milhões, via caixa 2,
às campanhas de Alckmin em 2010 e 2014.
O ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro
e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro também foram indiciados. Alckmin
foi governador do estado de São Paulo entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018.
O Inquérito já está no Ministério
Público de São Paulo, que tem três opções: decidir pelo arquivamento; oferecer
a denúncia contra o ex-governador e o ex-tesoureiro à Justiça; ou pedir novas
diligências para que a polícia aprofunde algum ponto da investigação.
No início deste mês, a força-tarefa da
Operação Lava Jato em São Paulo também
denunciou o senador e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e
a filha dele, Verônica Allende Serra, por lavagem de dinheiro. Em nota à
imprensa, Serra criticou a operação afirmando que a busca e apreensão realizada
em sua residência foram
"medidas invasivas e agressivas".
Segundo o Ministério Público Federal, a
Odebrecht pagou a Serra cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente
para usar na sua campanha ao governo do estado de São Paulo; e cerca de R$ 23
milhões, entre 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista
extinta no ano passado.
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