Reeleita pelo PDT em 2016 onde recebeu uma ajuda substancial do então prefeito Carlos Eduardo Alves, Júlia estava à época com o mandato em franca ascensão e era o nome do momento. Com um mandato atuante em vários segmentos, Júlia era vista como uma potencial candidata a prefeita.
Me recordo bem, ainda em 2012, que este editor estava indo para o Clube Assen no mesmo veículo da ex-governadora Wilma de Faria e falávamos que se a campanha para o senado em 2010 tivesse dado certo, Júlia era o nome para ser indicado pelo PSB para compor chapa com Carlos Eduardo.
Naquele dia, Wilma estava chegando para anunciar a disposição de concorrer a vice-prefeita.
De 2016 pra cá, o mandato de Júlia não estava tão bem como os anteriores. Em 2018 foi ensaiada uma candidatura a deputada que acabou não dando certo. O desgaste com o PDT estava cada vez maior e sua permanência era insustentável.
Ao anunciar sua saída da legenda ontem, a parlamentar alegou que recebeu até mesmo ameaças veladas de não ter legenda para concorrer à reeleição caso permanecesse no PDT. Algo absolutamente natural em virtude dos acontecimentos de 2018 pra cá.
Na verdade, a nota recheada de emoção, insatisfações e ressentimentos foi utilizada para justificar a nova opção partidária da vereadora. Seria necessária uma nota muito dura para tirar o foco da escolha do PCdoB para disputar à reeleição.
A nova comunista, que antes tinha um perfil ameno e conciliador, atirou nos colegas com palavras que nada mais deixam transparecer que uma mágoa pessoal por não ter sido aceita em uma legenda onde sua reeleição seria mais fácil e garantida.
Eu prefiro a lembrança de uma Júlia serena, tranquila e conciliadora. Esse perfil de comunista não cabe na parlamentar.
Júlia colheu o que plantou no PDT.
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