Construída entre 2004 e 2006, a Ponte Newton Navarro foi o marco da gestão de Wilma de Faria no governo do Rio Grande do Norte. A obra que deu vida nova a região norte da capital, foi feita no "peito e na raça" por uma governante movida a desafios.
Durante anos, nunca se ouviu falar em suicídios no local. De um tempo pra cá, casos isolados foram surgindo e em meados de 2018 a situação ganhou cada vez mais destaque na mídia.
Em setembro do ano passado, a educadora física Leila Maia, que perdeu o pai ainda na infância, coordenou uma ação para colocar na Ponte placas com frases motivacionais e tentar atenuar os problemas daqueles que viam no local um meio de pôr fim ao sofrimento.
Outras ações foram realizadas por Leila e outros grupos em 2018.
No início deste ano, mais precisamente entre janeiro e fevereiro, as redes sociais explodiram com notícias diárias de supostos suicídios no local.
Em um ano pré-eleitoral, a crítica situação da Newton Navarro foi vista por alguns como trampolim para uma carreira política.
É louvável a atitude de populares, religiosos e profissionais liberais que estão dedicando seu tempo em proteger a vida de quem tenta se suicidar.
O que nos deixa tristes e indignados é a constatação de que há pretensos candidatos a vereador utilizando de uma causa de saúde pública para ganhar holofotes e tirar proveito eleitoral.
Partidos políticos já estão utilizando líderes desses movimentos para atuar politicamente.
A luta pela instalação de equipamentos de proteção, grades, telas ou cortinas de vidro, é uma luta de toda a sociedade e de vários mandatários.
Usar um movimento que lida diretamente com vidas para fins políticos, demonstra a podridão da alma humana.
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