CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL FUNCIONA EM MEIO AO CAOS



A Câmara Municipal do Natal, localizada no cruzamento das Avenidas Campos Sales e Jundiaí, no Bairro do Tirol, já era para ter sido interditada  há tempos pelo Corpo de Bombeiros.

O prédio pertence a Universidade Federal e é locado ao Poder Legislativo.

Na sessão da última quinta-feira (25), a vereadora Eleika Bezerra (PSL) fez um pronunciamento em plenário e cobrou melhorias na casa.  Inclusive, que poderiam ser feitas com os recursos que ela devolve da verba de gabinete.

Os elevadores do Palácio Padre Miguelinho estão sem funcionar há muito tempo, não há acessibilidade em nenhum setor do Palácio.

No mesmo dia, uma comitiva da ARPI (Associação Riograndense Pró-Idosos) esteve na Câmara para acompanhar a votação que autorizou a cessão de um terreno para a entidade, e a situação foi vexatória. Vários idosos com dificuldades de subir as escadarias, quando na verdade, era para os elevadores estarem funcionando.

A mesma Câmara Municipal que produz leis regulamentando acessibilidade em espaços públicos e privados, não faz o dever de casa.

E o descaso não para por aí...

Com o temporal que atingiu a capital Potiguar na mesma quinta-feira, os problemas estruturantes da Câmara ficaram ainda mais evidentes.

Sem manutenção, os canos que dão vazão as águas que caem na cobertura do prédio, estavam grande parte obstruídos por pequenos galhos e outros objetos. 

Graças a um funcionário da casa que em meio ao temporal foi tentar solucionar o problema, o estrago não foi maior.

O forro da antessala do plenário já dava sinais de infiltração e caso os canos não estivessem desobstruídos, teria vindo ao chão. 

Atento a esses fatos, o Blog Igor Costa apurou e identificou que a Câmara paga pela locação do prédio cerca de 57 mil reais.  A UFRN já tentou aumentar o valor, mas a questão foi judicializada.

Esse valor corresponde apenas ao prédio principal. 

Isso porque a Câmara também paga, à Arquidiocese de Natal, 22 mil reais pela locação do prédio anexo, onde funcionam alguns gabinetes. O acesso entre os dois prédios ficou alagado na última quinta-feira. 

 E não para por aí, o prédio onde funciona a Procuradoria da Câmara custa mais 8 mil aos cofres do legislativo. 

Além do prédio deficitário, a estrutura da Câmara não cabe nele. 


Somado os três alugueis, o contribuinte paga 87 mil reais por estruturas caóticas. 

Chegou ao nosso conhecimento que o então presidente Raniere Barbosa iniciou o processo para a mudança da estrutura para outro prédio e o mesmo foi lançado em fevereiro pelo atual presidente Paulinho Freire. 

O edital está em vigor e trata do chamamento público para a locação de um novo espaço. 

Há também a possibilidade de doação por parte do Tribunal de Justiça do prédio onde atualmente funciona a instituição.

São várias às possibilidades, só não pode ficar como está.

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